quinta-feira, 8 de dezembro de 2016

Decisão do Supremo sobre Renan garante votação da PEC dos gastos

Renan Calheiros vai do desafio público à humildade após vitória no STF


Resultado de imagem para renan calheiros

Presidente do Senado classificou decisão da Suprema Corte de "patriótica"; resultado garante votação da PEC dos gastos, enquanto o projeto de abuso de autoridade fica para 2017


Após desafiar publicamente o Supremo Tribunal Federal (STF), ao descumprir a decisão do ministro Marco Aurélio Mello, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) disse ter recebido com “humildade” o resultado do julgamento da Corte que o manteve no cargo. A decisão do Supremo levou alívio ao governo por manter segura a votação da PEC do teto dos gastos, na próxima terça-feira. Respirou aliviado também o primeiro vice-presidente da Casa, Jorge Viana (PT-AC), que deveria assumir no lugar de Renan.

A decisão de ontem do Supremo atende a recurso impetrado pelo presidente do Senado, resguardado por uma decisão da Mesa da Casa de esperar uma análise do pleno do STF antes de afastá-lo. Renan sugeria justamente para que fosse mantido no cargo, mas saísse da linha sucessória da Presidência da República, às vésperas do início do recesso parlamentar, em duas semanas.  Renan se recusou a ser notificado na segunda, quando o ministro da Corte expediu a liminar em resposta a pedido da Rede Sustentabilidade, e também na terça. Viana assinou a decisão da Mesa que assegurou o descumprimento da liminar da Corte por Renan. Desconfortável na posição de assumir o comando da Casa, o próprio Vianna agiu para que o Supremo atendesse ao recurso do peemedebista.

Na terça-feira, o senador petista reuniu-se com ministros do Supremo. Estava sob pressão de parte do partido para retirar a votação da PEC dos gastos de pauta, caso assumisse no lugar de Renan. Na última segunda, assim que soube da decisão de Marco Aurélio, o primeiro vice-presidente foi até a casa do peemedebista. Na ocasião, chegou a sugerir a renúncia de toda a Mesa da Casa caso o Supremo confirmasse a decisão do ministro, mas foi dissuadido na mesma hora. Ontem, fez um comunicado em que afirmou jamais ter cogitado renunciar ao cargo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário