quarta-feira, 25 de maio de 2016

1ª crise de Temer é destaque mundial: "bando de gângsters"


A "sangria" provocada pela Operação Lava Jato é destaque nos jornais europeus nesta terça-feira (24/05), um dia depois de o ministro do Planejamento, Romero Jucá (PMDB-RR), ter se licenciado do cargo.


O jornal britânico afirma que "as motivações dúbias e a natureza maquiavélica da trama para retirar Dilma Rousseff do poder ficam aparentes na transcrição da conversa" entre Jucá e Machado e que Temer pouco fez para reduzir a tensão no país."Seu gabinete todo branco e masculino foi duramente criticado por não representar o país, suas medidas de austeridade são impopulares e seu líder já voltou atrás da decisão de tirar da Cultura o status de ministério após protestos de artistas, músicos e cineastas", escreve o correspondente Jonathan Watts.
A publicação destaca o temor de que o novo ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, que já foi defensor de Cunha, tente interferir nas investigações da Polícia Federal e que o governo interino tente influenciar ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), como sugerem os áudios da conversa.
O espanhol El País ressalta que bastaram apenas 11 dias para o governo interino de Temer sofrer sua primeira baixa. As gravações insinuam que a saída de Dilma ajudaria a frear as investigações anticorrupção.
"Em suas palavras, vieram um mau presságio a respeito do novo Executivo: que, apesar de o governo interino insistir num discurso de renovação contra a corrupção estabelecida no Partido dos Trabalhadores (PT), o que se pretende na realidade é minimizar o caso Petrobras, que afeta vários partidos, incluindo o presidente Temer", escreve o jornal espanhol.

Nenhum comentário:

Postar um comentário